segunda-feira, junho 18, 2012

Voluntários SVE na Ucrânia! Notícias do José!


Passado um mês da chegada à Ucrânia é com alegria e satisfação que me considero perfeitamente adaptado à minha nova realidade. 
Lviv é uma cidade muito bonita e acolhedora e a nossa casa situa-se perto do centro. Na casa somos doze e vive-se um ambiente descontraído e feliz. Recebemos regularmente visitas de voluntários europeus de outros países e de ucranianos que fomos conhecendo durante este período. Graças a isso temos tido a possibilidade de conhecer todos os principais sítios da cidade. Conseguimos também arranjar alguns bilhetes para o Portugal-Alemanha no próximo sábado e lá irei eu apoiar a nossa selecção.
Neste momento trabalho apenas durante a parte da tarde num parque infantil situado nos subúrbios de Lviv. Apesar da dificuldade em aprender ucraniano, a comunicação com as crianças faz-se facilmente de todas as maneiras possíveis. Todos os dias quando chegamos ao parque é extremamente reconfortante ver as crianças a sair de casa e a correrem na nossa direcção. A partir da próxima semana começaremos a trabalhar também durante a parte da manhã numa escola nos arredores de Lviv. Tudo está muito bem organizado e sinto-me sempre apoiado pela organização. Os próximos dois meses passarão possivelmente a voar.
Irei dando mais notícias. 
Abraços, beijinhos e obrigado à Rota Jovem pela oportunidade!

 






Novas estagiárias Leonardo Da Vinci!


Olá!
Chamo-me Marta, sou catalana e estou a fazer um estágio aquí em Portugal (Leonardo da Vinci). Eu sou psicóloga e trabalho na APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima. Eu gosto muito do meu estágio e obviamente de Portugal! Moro na Parede, perto de Cascais. Para mim é muito giro poder ficar na vila e perto do mar… isto permite-me praticar meus os desportos que costumo fazer… estou encantada!!!
Eu recomendo esta experiência!
Beijinhos!
Marta


Olá! O meu nome é Melanie, sou de Barcelona e tenho 22 anos. Sou trabalhadora social e estou a fazer o meu estágio do programa Leonardo da Vinci em duas organizações: no Centro de Apoio Social do Pisão, que trabalha no âmbito da saúde mental com adultos; e na Batoto Yetu, uma associação multicultural que trabalha com crianças e jovens imigrantes. Duas organizações muito diferentes! Acho que esta é uma grande oportunidade para viver experiências novas e também para aprender muito. Também não me esqueço de conhecer e desfrutar deste
lugar tão belo!
Melanie


Definiria a minha experiéncia Leonardo daVinci, como uma montanha russa quanto a emoções. A chegada a um país vizinho do qual conhecia pouco é uma grande descoberta cultural, social, económica e pessoal. Lisboa tem um encanto único, começando pelas suas ruas, avenidas, largos… mas a sua grande mística é a mescla cultural de  raízes, cores… A mescla cultural africana, americana e europeia é enorme e esta riqueza cultura também se nota no idioma, e as diferentes expressões e sotaque também me fascinaram. O português é uma língua fresca e muito próxima, como as suas gentes e tem sido óptimo descobrir este peqeuno país com um grande coração. Estou a estagiar na Associação Interculturacidade, em Lisboa, uma associação com pessoas muito humanas que realizam atividades para facilitar a inclusão social e lutar contra o racismo e a xenofobia, através de mostra da mostra das doferentes culturas que existem no país.  Este intercâmbio cultural já me permitiu conhecer culturas como a moçambicana, angonala, guineense, em geral todas as que falam a lusofonia através da música, artes, culturas e gentes. 
Estou contente com a evolução da experiência já que é um trabalho distinto daquele a que estou habituada.

 Sanata







sexta-feira, junho 08, 2012

Murcia em Maio foi... José Belo


...foi um passo à frente neste momento, muito especifíco, do meu estágio de vida (como lhe chamo... tenho a vaidade de confiar com muita força no  existir).
Este espaço e tempo de Murcia em Maio serviram-me (‘ajudar os outros, ajuda-nos! ’) como forma de construir uma etapa importante e perceber que há um grupo em cadeira de rodas que está escondido/é invisível; ainda não encontrei uma palavra que se adeque a este estado: deficiente (encontrei gente esmagadoramente ‘eficiente’ em cadeira de rodas), incapaz (sejam tão capazes de aproveitar e priveligiar o estar vivo passando o dia sem poder levantar o rabo da cadeira como certas pessoas que conheço) e outros... ‘Uma em cada dez pessoas são deficientes’ (OMS, 2002)
Murcia tem preocupações de futuro, vi mais gente com problemas de mobilidade (em cadeira de rodas) que, normalmente, nos espaços por onde ando e tenho andado por meios muito especifícos. Murcia é exemplar.
Nasceu este SVE em Murcia de uma procura de um projeto que lidasse com a situação em que me encontro (sofri um TCE (Traumatismo Craneo Encefálico), não ando, sem apoio de cadeira de rodas e não falo (ou digo vogais com um tom encantador).
‘Irreverência‘ foi o que a Rota Jovem me ensinou desde que fiz um projeto Leonardo da Vinci em Berlim em 2006. E ‘irreverente’ foi este projeto.
Depois, havia uma necessidade que parecia desde o início jogar contra isto e que pode parecer banal, mas não é: a necessidade que existe numa relação terapêutica de soltar amarras, a pessoa/a corda que nos dá segurança quer que nos soltemos dela mesmo.
Um pouco como os pais e professores fazem com filhos e alunos, preparam-nos para voar. Foi um projeto-pioneiro, irreverente. Encontrámos Murcia faltava compreender que género de projeto iriam ter para mim. Era necessário alguém que me quisesse apoiar. Tentámos o mais óbvio, alguém que fosse aluno de enfermagem ou fisioterapia estivesse submetido a um estágio curricular, o SVE (Serviço Voluntário Europeu) cobria as despesas e daria apoio ao Ayuntaimento na Sección de La Juventud de Murcia e ainda a um centro – o ASPAYM, Murcia: http://www.aspaymmurcia.org/ –  uma Associação de Paraplégicos e Grandes Incapazes Fisicos da Câmara Municipal de Murcia. Não resultaram as várias abordagens. Encontrámos um achado, o Eduardo Sobreiro!, Alguém que desde o inicío me fez ver o raio de luz que entra pela janela ao longe e fugir de mim e do acidente.
 ‘Pelo sonho é que vamos’ (Sebastião da Gama) parece sobressair deste ‘Maio em Murcia!