O João, a Marta, o Diogo e a Ana rumaram para um mês de voluntariado internacional na Geórgia, no âmbito do Serviço Voluntário Europeu. Já ambientados, estão a preparar-se para os próximos desafios do projeto e deixam-te o primeiro testemunho!
À esquerda: João e Marta. À direita: Diogo e Ana
Depois da reunião de preparação, voámos até à
Geórgia para iniciar um novo projeto de voluntariado de curta duração (1mês)
em Rustavi.
A primeira impressão à chegada foi no geral a
de um país pobre com edifícios bastante degradados onde as regras não são
respeitadas, nomeadamente as regras de trânsito (como nós ocidentais as
conhecemos).
De facto, é impossível não notar as diferenças
culturais com a capital portuguesa. Contudo, acabámos por sentir rapidamente
uma ligação com a cultura, as pessoas e os ambientes por onde passámos.
O primeiro dia foi de reconhecimento do local
onde estaremos a morar durante o próximo
mês. Conhecemos a casa, a cidade e os nossos co-moradores de curta data – um
grupo de estonianos também eles a fazer um projeto de curta duração. Cansados,
mas entusiasmados, ainda tivemos energia para à noite visitar a capital
georgiana – Tiblisi - com os nossos
mentores de projeto. Se em Rustavi foi visível uma “falta de manutenção” de
alguns edifícios e espaços públicos – ambientes escuros e de aparente abandono
– em Tbilisi encontrámos luz: muita vida, atividade, animação; assemelhando-se
a outras cidades europeias.
No segundo dia, depois de algumas horas de
sono e ainda a ambientar-nos tivemos uma “welcome party” (que ao mesmo tempo
foi uma festa de despedida aos voluntários estonianos que iriam deixar a
Geórgia nos próximos dias) com um tradicional barbecue georgiano e com a
companhia dos membros da nossa associação de acolhimento.
Depois do jantar, o coordenador do SVE de curta duração levou-nos a um dos
pontos mais altos da zona de Rustavi, onde estivemos algumas horas a conversar
sobre a história de Rustavi e as vivências em pessoa dos tempos de guerra.
Com o início da semana começaram também as aulas de
Georgiano! O sentimento de escola primária em cada palavra mal pronunciada
deu-nos ainda mais estímulo para aprender esta língua. O nosso professor,
Achiko, a primeira pessoa que conhecemos em terras georgianas foi sempre muito
prestável connosco: paciência, simpatia e persistência.
Durante esta semana tivemos também formações
todos os dias sobre SVE, Erasmus+, Youthpass e tivemos o feedback da
organização do que realmente eles necessitam e que iremos fazer neste próximo
mês.
Dia 29 de Setembro os voluntários e membros da
Georgian Youth for Europe (GYE) foram presenteados com uma noite única: A noite
intercultural portuguesa. Com uma típica refeição portuguesa (Chouriço assado
em pão georgiano, Bacalhau à Brás e o típico Arroz Doce) e animação como só
Portugal pode dar, foi uma noite aclamada por todos. Foram divulgados vídeos
promocionais de Portugal assim como artistas, danças, costumes e tradições.
Dois dias depois, como programado, fomos
convidados a entrar numa típica casa georgiana e participar na colheita de uvas
da família. Todos os anos esta vindima é feita por voluntários da GYE e este não foi exceção. Depois de duas horas de vindima conhecemos o real
significado de “tamada” (toast master). Com um lobiani (pão georgiano recheado
com uma pasta de feijão) e o vinho da última colheita, foram vários os brindes,
direcionados sobretudo às famílias, aos voluntários, à Geórgia e a Deus. A festa continuou ao
jantar, onde fomos ofertados com um banquete tipicamente
georgiano. O “toast master” mudou mas o ambiente de fraternidade entre culturas
manteve-se.
O fim de semana começou com um jantar
intercultural em nossa casa, contando com a presença de alguns voluntários. No
sábado, o Archiko levou-nos a David Gareja – um mosteiro nas montanhas que
dividem a Geórgia do Azerbaijão. Explorámos a área, vimos frescos nas
montanhas e visitámos o mosteiro. No
caminho de volta passámos por um lago divido em dois: metade Georgia metade
Azerbaijão. No regresso tivemos a oportunidade de passar numa aldeia habitada
maioritariamente por Azerbaijões e vacas.
Domingo decidimos ir visitar Tiblisi. Subimos
ao ponto mais alto de Tiblisi (de funicular) onde pudemos ter uma vista
panorâmica desta cidade. Neste ponto, havia também um parque de diversões onde
pudemos vivenciar uma experiência de cinema em 7D, uma casa do terror que pouco
terror tinha e uma montanha russa (para a Ana pela primeira vez) que era maior
do que aparentava.
A descida foi feita de autocarro num caminho
onde tivemos oportunidade de ver um outro lado de Tiblisi – não tanto turístico
ou desenvolvido. No regresso a casa, com muita chuva na cara, ao pedir
indicações, conhecemos um embaixador do Qatar que nos levou no seu BMW (todo
quitado) até à paragem de autocarros e fez questão de nos colocar no marshrutka
certo.
Na próxima semana mais uma actualização. Se
nós quisermos. Portem-se. Peace out.
Diogo Lourenço / Marta Gonçalves / João Pereira / Ana Dias
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