segunda-feira, outubro 05, 2015

SVE na Geórgia: Os primeiros assobios georgianos do grupo português mais divertido de sempre!



O João, a Marta, o Diogo e a Ana rumaram para um mês de voluntariado internacional na Geórgia, no âmbito do Serviço Voluntário Europeu. Já ambientados, estão a preparar-se para os próximos desafios do projeto e deixam-te o primeiro testemunho!

                                            À esquerda: João e Marta. À direita: Diogo e Ana
 
Depois da reunião de preparação, voámos até à Geórgia para iniciar um novo projeto de voluntariado de curta duração (1mês) em Rustavi. 

A primeira impressão à chegada foi no geral a de um país pobre com edifícios bastante degradados onde as regras não são respeitadas, nomeadamente as regras de trânsito (como nós ocidentais as conhecemos). 

De facto, é impossível não notar as diferenças culturais com a capital portuguesa. Contudo, acabámos por sentir rapidamente uma ligação com a cultura, as pessoas e os ambientes por onde passámos.

O primeiro dia foi de reconhecimento do local onde estaremos a  morar durante o próximo mês. Conhecemos a casa, a cidade e os nossos co-moradores de curta data – um grupo de estonianos também eles a fazer um projeto de curta duração. Cansados, mas entusiasmados, ainda tivemos energia para à noite visitar a capital georgiana – Tiblisi -  com os nossos mentores de projeto. Se em Rustavi foi visível uma “falta de manutenção” de alguns edifícios e espaços públicos – ambientes escuros e de aparente abandono – em Tbilisi encontrámos luz: muita vida, atividade, animação; assemelhando-se a outras cidades europeias. 

No segundo dia, depois de algumas horas de sono e ainda a ambientar-nos tivemos uma “welcome party” (que ao mesmo tempo foi uma festa de despedida aos voluntários estonianos que iriam deixar a Geórgia nos próximos dias) com um tradicional barbecue georgiano e com a companhia dos membros da nossa associação de acolhimento. 

Depois do jantar, o coordenador  do SVE de curta duração levou-nos a um dos pontos mais altos da zona de Rustavi, onde estivemos algumas horas a conversar sobre a história de Rustavi e as vivências em pessoa dos tempos de guerra.

Com o início da semana começaram também as aulas de Georgiano! O sentimento de escola primária em cada palavra mal pronunciada deu-nos ainda mais estímulo para aprender esta língua. O nosso professor, Achiko, a primeira pessoa que conhecemos em terras georgianas foi sempre muito prestável connosco: paciência, simpatia e persistência. 

Durante esta semana tivemos também formações todos os dias sobre SVE, Erasmus+, Youthpass e tivemos o feedback da organização do que realmente eles necessitam e que iremos fazer neste próximo mês.

Dia 29 de Setembro os voluntários e membros da Georgian Youth for Europe (GYE) foram presenteados com uma noite única: A noite intercultural portuguesa. Com uma típica refeição portuguesa (Chouriço assado em pão georgiano, Bacalhau à Brás e o típico Arroz Doce) e animação como só Portugal pode dar, foi uma noite aclamada por todos. Foram divulgados vídeos promocionais de Portugal assim como artistas, danças, costumes e tradições.


Dois dias depois, como programado, fomos convidados a entrar numa típica casa georgiana e participar na colheita de uvas da família. Todos os anos esta vindima é feita por voluntários da GYE e este não foi exceção. Depois de duas horas de vindima conhecemos o real significado de “tamada” (toast master). Com um lobiani (pão georgiano recheado com uma pasta de feijão) e o vinho da última colheita, foram vários os brindes, direcionados sobretudo às famílias, aos voluntários, à Geórgia e a Deus. A festa continuou ao jantar, onde fomos ofertados com um banquete tipicamente georgiano. O “toast master” mudou mas o ambiente de fraternidade entre culturas manteve-se.


O fim de semana começou com um jantar intercultural em nossa casa, contando com a presença de alguns voluntários. No sábado, o Archiko levou-nos a David Gareja – um mosteiro nas montanhas que dividem a Geórgia do Azerbaijão. Explorámos a área, vimos frescos nas montanhas  e visitámos o mosteiro. No caminho de volta passámos por um lago divido em dois: metade Georgia metade Azerbaijão. No regresso tivemos a oportunidade de passar numa aldeia habitada maioritariamente por Azerbaijões e vacas. 


 Domingo decidimos ir visitar Tiblisi. Subimos ao ponto mais alto de Tiblisi (de funicular) onde pudemos ter uma vista panorâmica desta cidade. Neste ponto, havia também um parque de diversões onde pudemos vivenciar uma experiência de cinema em 7D, uma casa do terror que pouco terror tinha e uma montanha russa (para a Ana pela primeira vez) que era maior do que aparentava.  
A descida foi feita de autocarro num caminho onde tivemos oportunidade de ver um outro lado de Tiblisi – não tanto turístico ou desenvolvido. No regresso a casa, com muita chuva na cara, ao pedir indicações, conhecemos um embaixador do Qatar que nos levou no seu BMW (todo quitado) até à paragem de autocarros e fez questão de nos colocar no marshrutka certo.
Na próxima semana mais uma actualização. Se nós quisermos. Portem-se. Peace out.

Diogo Lourenço / Marta Gonçalves / João Pereira / Ana Dias


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