quarta-feira, dezembro 26, 2012

Antónia Huguet: O meu EVS - mais do que um dia a dia


Cheguei a Lisboa num dia de setembro em que olhei pela primeira vez na minha vida esta cidade.  Numa nova morada, 7 pessoas desconhecidas, chegadas de diferentes lugares do mundo, sem saber nada (ou quase nada) de português e das vidas dos portugueses, reuni-mo-nos para começar os nossos projetos de  SVE pela mão da Rota Jovem que orientou os nossos novos caminhos.
Depois de 3 meses, Lisboa não é aquela cidade desconhecida, é uma cidade amiga que me abre as suas ruas e a sua beleza, com a antiguidade e a história em cada passo, o rio Tejo, que tanto necessito olhar porque abre os meus pensamentos e criatividade, uma cidade onde descubro novos lugares, sempre que tenho tempo para percorre-la, e conhecer melhor a vida (e a comida) dos portugueses: sempre atentos, com uma alegria especial que inunda a vida neste lugar do planeta. E tentando falar com eles esta língua da que tanto gosto!
A minha morada agora já não é morada, é o nosso  lar: onde vivemos cada dia uma aventura engraçada, ou simplesmente palavras, comidas,  risos. As pessoas já não são desconhecidas, são a minha nova família, os meus amigos, cada um deles é diferente, mas cada um tem muitas coisas a ensinar-me, com as suas culturas diferentes, a sua forma de perceber a vida,  o seu recorrido vital.
E o meu projeto em ALEM, não é só um projeto, é a minha realidade, é um novo mundo de experiência que não é sempre fácil, mas sempre abre a tua percepção das coisas; de novas pessoas que me brindam a oportunidade de aprender cada dia: crianças, idosos, pessoas que se superam cada dia, professores, educadores, novos espaços em que participar, em que criar pontes entre culturas, onde a educação é a expressão artística são as bases, onde percebo uma vida real, onde percebo a importância da acreditar nas pessoas.
E só é o primeiro trimestre.

Antónia Huguet




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