quinta-feira, dezembro 20, 2012

Vitória, vitória, acabou-se a história !



Após enviar muitíssimas "application form" para  para vários projetos SVE em diferentes países,  Portugal escolheu-me, deu-me uma resposta positiva. Disse a mim mesma, « porque não » ? É uma oportunidade! As boas aventuras e as grandes aprendizagens podem ocorrer em qualquer lugar, pois as mudanças e o crescimento são sempre interiores.



Depois de ter estado um mês em Lisboa fui morar para a Cabeça Gorda, no Alentejo. Nesta pequena aldeia conheci o Portugal mais autêntico, conheci os seus costumes, as suas festas (o « bailinho » a cada 6 ° feira numa aldeia diferente, onde nos juntávamos todos)  aprendi novas danças, descobri a gastronomia mais típica na casa do João (dono do restaurante / escritor / amante da filosofia), os incríveis doces da padaria (que só abria às tardes), o artesanato na casa do sapateiro. E acima de tudo conheci a amabilidade das gentes desta aldeia, pessoas desconhecidas que abriram as portas das suas casas e nos deixaram fazer parte de suas vidas.

Quando cheguei à Cabeça Gorda já estavam à minha espera outras duas voluntárias, a Ilaria e a Elena (uma italiana e a outra ucraniana) Com elas partilhei todos os momentos, bons e menos bons, porque esta maravilhosa história do voluntariado, também é coisa de que se pode não gostar !
O nosso projeto desenvolveu-se na «Associação Carpe Diem na Aldeia ».  Trabalhávamos com os meninos e as crianças da freguesia. Dinamizávamos as férias através do desenvolvimento de múltiplas atividades (excursões a museus, atividades culturais na cidade de Beja, caminhadas, piscina, ateliers de artes plásticas, invenção de jogos lúdico-educativos, entre outras coisas). 

Durante o período escolar, trabalhávamos na sala para jantares e fazíamos atividades com os meninos nos períodos entre aulas, assim como pelas tardes, quando terminavam a escola, fazíamos animação, noites de cinema, reforço dos trabalhos de casa, ateliers de história , entre outras atividades. Sempre procurámos atividades com sentido educativo para possibilitar o desenvolvimento da criatividade dos miúdos. Poder trabalhar com os meninos foi incrível, graças a eles descobri muitas coisas, como o verdadeiro significado da palavra "paciência" . Assim, estes pequenos, e não tão pequenos, fazem parte da minha história, são os grandes protagonistas.



 

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