A Andrea é galega e chegou há um mês a Portugal para começar o seu projecto do Serviço Voluntário Europeu, "Strengthen the bond of inclusion". Durante nove meses irá dar o seu melhor no IN-Mouraria, com a luta pela inclusão social como objectivo e com muitas coisas ainda por descobrir nesta que é, já, a sua segunda casa.
E
parece que está longe, e ao mesmo tempo perto, o 1 de Outubro,
quando voei desde a minha terra galega (Santiago de Compostela) a
Lisboa para iniciar o SVE com muitos nervos e com muita vontade.
Nervos por saber se os meus bons sentimentos finalmente iriam ser
confirmados, mas também con toda a vontade de absorver todo o bom
que a experiência pode dar.
Sim,
porque o SVE não é apenas o projecto de voluntariado, e isto é
algo do que és totalmente consciente quando dás o primeiro passo no
país. É também uma oportunidade. Este mês veio como um furacão
carregado de pessoas, sensações e oportunidades. No
momento certo.
Outubro
também chegou desde Messina, Barcelona, Madrid, Sófia e Bucareste,
com uma mudança incluída, para habitar “Casa Glória”,
carregada de cereais de estrelas (obrigada à doação! Tornámo-nos
adictxs!). De natas, natas e Pastéis de Belém, de " Olha aqui!
", de "yellow river", de pores-do-sol, de passeios
sozinha e acompanhada e de felicidade... muita felicidade.
E
no meio de toda a cidade, o In-Mouraria, um projeto do Grupo deAtivistas em Tratamentos (GAT) e também a minha organização de
acolhimento. Um centro de baixo limiar nas adições e um espaço
onde sobretudo as pessoas podem ser o que são, sem serem julgadas.
Sem
dúvida, o que destaco é a paixão da equipa pelo seu trabalho,
assim como a calorosa receção dos utentes desde o início. Estar
no In-Mouraria reaforça o quanto eu gosto de trabalhar com pessoas e
para as pessoas e o orgulho que sinto de ter estudado Educação
Social.
E
tu Lisboa, tens os mais belos pores-do-sol que já vi, cheios de
laranjas e amarelos que atingem o coração. Estás cheia de becos,
de histórias em cada esquina, de antigo e de novo. De colorido, de
arte, de saudades. De calçadas perigosas (obrigada por existires,
seguro médico!). De paz no caos, de condutores a discutirem quem é
quem tem razão, de música... És muito mais do que tuk-tuks em
todos os lugares... já és minha casa e já me fazes sentir em casa.
Às
vezes, no meio da cidade, penso "que sorte". E ainda fica
muito mais... Obrigada Lisboa, és bem fofinha!
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