quarta-feira, novembro 08, 2017

Continuará...

A Andrea é galega e chegou há um mês a Portugal para começar o seu projecto do Serviço Voluntário Europeu, "Strengthen the bond of inclusion". Durante nove meses irá dar o seu melhor no IN-Mouraria, com a luta pela inclusão social como objectivo e com muitas coisas ainda por descobrir nesta que é, já, a sua segunda casa. 

E parece que está longe, e ao mesmo tempo perto, o 1 de Outubro, quando voei desde a minha terra galega (Santiago de Compostela) a Lisboa para iniciar o SVE com muitos nervos e com muita vontade. Nervos por saber se os meus bons sentimentos finalmente iriam ser confirmados, mas também con toda a vontade de absorver todo o bom que a experiência pode dar.
Sim, porque o SVE não é apenas o projecto de voluntariado, e isto é algo do que és totalmente consciente quando dás o primeiro passo no país. É também uma oportunidade. Este mês veio como um furacão carregado de pessoas, sensações e oportunidades. No momento certo.


Outubro também chegou desde Messina, Barcelona, Madrid, Sófia e Bucareste, com uma mudança incluída, para habitar “Casa Glória”, carregada de cereais de estrelas (obrigada à doação! Tornámo-nos adictxs!). De natas, natas e Pastéis de Belém, de " Olha aqui! ", de "yellow river", de pores-do-sol, de passeios sozinha e acompanhada e de felicidade... muita felicidade.


E no meio de toda a cidade, o In-Mouraria, um projeto do Grupo deAtivistas em Tratamentos (GAT) e também a minha organização de acolhimento. Um centro de baixo limiar nas adições e um espaço onde sobretudo as pessoas podem ser o que são, sem serem julgadas. 
Sem dúvida, o que destaco é a paixão da equipa pelo seu trabalho, assim como a calorosa receção dos utentes desde o início. Estar no In-Mouraria reaforça o quanto eu gosto de trabalhar com pessoas e para as pessoas e o orgulho que sinto de ter estudado Educação Social.


E tu Lisboa, tens os mais belos pores-do-sol que já vi, cheios de laranjas e amarelos que atingem o coração. Estás cheia de becos, de histórias em cada esquina, de antigo e de novo. De colorido, de arte, de saudades. De calçadas perigosas (obrigada por existires, seguro médico!). De paz no caos, de condutores a discutirem quem é quem tem razão, de música... És muito mais do que tuk-tuks em todos os lugares... já és minha casa e já me fazes sentir em casa.



Às vezes, no meio da cidade, penso "que sorte". E ainda fica muito mais... Obrigada Lisboa, és bem fofinha!


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