A aventurar-se pela Costa Rica, a Joana deixou há dias uma fantástica paisagem e vivências a repetir - ou a relembrar e saborear na mente de uma viajante na Guatemala. O que é que compõe o segundo mês de viagens?
"O que é o segundo de 5 meses de viagem, na Guatemala? Viajar 1 mês é bom. Viajar 2 meses é indescritivelmente bom. Porquê? Porque a minha rotina passou a ter uma expressão muito particular - chegar, adaptar e mudar! Quando chegar é um entusiasmo, adaptar é sentir em casa e mudar é trocar o entusiasmo de sítio.
"O que é o segundo de 5 meses de viagem, na Guatemala? Viajar 1 mês é bom. Viajar 2 meses é indescritivelmente bom. Porquê? Porque a minha rotina passou a ter uma expressão muito particular - chegar, adaptar e mudar! Quando chegar é um entusiasmo, adaptar é sentir em casa e mudar é trocar o entusiasmo de sítio.
Há duas questões
que desenham uma viagem: o tempo e o dinheiro. Eu? Cheguei à conclusão que tenho
muito tempo para contar trocos. A vontade de conhecer tudo é incontrolável, mas
o anseio distrai-se com coisas simples. Tenho imenso tempo para descobrir algo
novo todos os dias. E dinheiro mais que suficiente para apreciar-lo.
Ao contrário do
México cheguei à Guatemala cheia de planos. Quis fazer um percurso de 6 dias até
ao ponto mais alto da América Central, e trabalhar num hostel no meio da selva
durante um mês. Mentira. Não fiz nada disso… Porquê? Porque já me tinha
esquecido que “O bom viajante não faz planos, nem tem pressa de chegar!” mas felizmente,
a minha intuição não.
Assim, sem intenção mas com intuição, cheguei ao Lago Atitlan onde vi comunidades Mayas, a Antigua Guatemala onde conheci os alicerces da História, a Rio Dulce onde mergulhei na natureza, e a Livingstone onde conheci o caribe africano. Uma troca justa e ajustada!
Assim, sem intenção mas com intuição, cheguei ao Lago Atitlan onde vi comunidades Mayas, a Antigua Guatemala onde conheci os alicerces da História, a Rio Dulce onde mergulhei na natureza, e a Livingstone onde conheci o caribe africano. Uma troca justa e ajustada!
A Guatemala é
passado primitivo, é presente colonizado, é futuro com identidade. Há mais
homogeneidade que disparidade. A população indígena é quase maioria e vive,
convive, e sobrevive nos diferentes contextos geográficos. Também eles se
adaptam, seguindo o caminho da intuição? Discriminação? Globalização?
A boca cheirou inevitavelmente
a frango, deliciosamente a pão de banana, admiravelmente a camarão e espantosamente
a coentros. A Guatemala não pica na língua, mas esta derrete melancia, manga e ananás
como nunca antes. Desmancha banana frita pela primeira vez. E tipicamente ou
talvez não… agradece um copo de vinho tinto, chileno!
A mente saboreia o que é cultura social. O que é isto de encontrar indígenas? Eles não vivem na selva, mas a selva vive neles. O estilo de vida de quem conhece as plantas e cura. O estilo de vida de quem tem um martelo e sustenta a família. O estilo de vida de quem se integra numa cidade, manifestando-se culturalmente. Quantas justiças e injustiças cabem nestes estilos de vida, não sei ao certo. Mas que me ensinam que a vida tem muitos estilos, isso ensinam!
Os olhos encantam-se
com a riqueza natural. O que é isto da selva? Descontraidamente falando a selva
é uma floresta maior, com árvores maiores, com menos espaço entre elas e com
muitos bicharocos! É vida, é movimento, é som! Estar lá? É ter respeito. É ter
cuidado. É sentir-se maravilhada, privilegiada e grata a cada passo, a cada
paisagem!
O que é o segundo
de 5 meses de viagem, na Guatemala? É realizar as decisões que tomo, as
expectativas que não tenho, os objetivos do presente. Os cenários, os
estímulos, as hipóteses são infinitas… O sentido da experiência é único. Dois
meses indescritivelmente bons, de património pessoal…"
@ arrotante do momento!:
Há 27 anos que quando chamam por Joana, eu respondo. Acredito que pouca coisa acontece por acaso e gosto de escolher o caminho que piso. Entre os deportos de aventura, o desenvolvimento comportamental, o turismo e a psicologia tenho passado boas experiências e aprendizagens.. Acompanha a restante viagem em Ladybug in Latin America |
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