Na Rota Jovem gostamos sempre de ver caras novas e de partilhar ideias frescas e pontos de vista inovadores, e desde esta semana estamos à vontade com a chegada da Magali, uma rapariga francesa que tem muitas coisas que quer partilhar com todos nós. Falámos com ela e isto é o que nos contou.
- Fala-nos um pouco sobre ti.
Sou a Magali, tenho 26 anos e venho de Marseille, na França. Cheguei a Lisboa a semana passada e estou a terminar o meu curso sobre relações internacionais após ter tirado já um mestrado em sociologia.
- O que é que vais fazer cá em Portugal?
Vou ficar dois meses em Lisboa para trabalhar como voluntária na Rota Jovem a preparar uma formação de educação informal sobre Direitos Humanos. Quando estiver terminada vamos enviá-la ao Programa Erasmus + e esperamos que seja uma boa proposta, e com certeza que vai ser, a Comissão Europeia vai ajudar no seu financiamento e realização.
Mas também estou cá para descobrir mais da língua portuguesa, da cultura de Lisboa e de Portugal!
- E quais são os teus planos para depois da experiência arrotante?
No final de Março vou embora para a Bélgica para fazer lá outro estágio de três meses, desta vez especializado em venda de armas desde a União Europeia para o mundo. E talvez depois vá para Estocolmo para tratar do mesmo tema e para a Coreia do Sul para trabalhar sobre os direitos humanos das pessoas que escapam da Coreia do Norte. O meu futuro dependerá um bocadinho de como corram os estágios, mas gostaria muito de trabalhar sobre problemáticas de ética nas relações internacionais e segurança colectiva numa ONG, em organizações internacionais ou em delegações da União Europeia no mundo.
- Porquê Portugal, porquê a Rota Jovem?
Estou apaixonada pela língua portuguesa! É muito fácil para mim e sou uma entusiasta de Portugal porque é um país muito interessante que está a transformar-se. Acho que tem um pé no tempo antigo mas tem também muitas possibilidades, talvez mais do que os outros países da Europa. E quando tentei encontrar um estágio cá, a minha professora de português na França falou-me da sua própria experiência na Rota. Eu procurei na Internet e achei muito interessante o que fazem aqui, achei que pela primeira vez poderia estar no outro lado, no lado da preparação de actividades para os jovens. Para mim foi a oportunidade perfeita para ligar as minhas actividades com jovens, a minha visão da Europa, o meu conhecimento das relações internacionais e o meu interesse na ética.
- E para já, de que gostas e de que não gostas de Portugal?
De momento não há nada de que não goste. Mas adoro as pessoas, que são muito agradáveis embora no primeiro momento não sejam muito sorridentes. Gosto da língua, da importância da solidariedade e, sobretudo, da alma que tem o país. Tem qualquer coisa de único que não vi noutros países da Europa. Aqui encontras autenticidade.
- Tens já alguma experiência internacional?
Sim! Vivi na Inglaterra durante dois anos, e foi a experiência que me permitiu dar-me conta de que a minha vida teria de ter um nível internacional. Fui lá para fazer o Erasmus dos meus estudos de sociologia e acabei por ficar para trabalhar como camareira, professora de francês e mesmo group leader com grupos internacionais numa escola de línguas.
- E como desfrutas dos teus tempos livres?
Gosto imenso de desporto, da dança e também de fazer coisas à mão, como postais, colagens e tricô. Também adoro viajar, provar novas comidas e bebidas, ir ao cinema e mesmo fazer body painting!
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