terça-feira, fevereiro 04, 2014

João Tordo: "Não quero ler um livro de um escritor que não coloque nada de seu lá"

O escritor João Tordo esteve em Cascais e a Rota Jovem não quis perder a oportunidade de ir ao seu encontro para conhecer um bocadinho melhor o vencedor do Prémio Saramago 2009. Com ele falámos do seu novo romance, do ofício de escritor, de música e sobretudo, de livros. Interessante, não é? Pois continua a ler!

Apesar de ser uma tarde de sábado pouco aprazível, com o céu enublado e o frio glacial a açoitar com dureza, ficaram poucos lugares vagos no espaço habilitado para a palestra. As pessoas foram chegando pouco a pouco, o João começou a falar e o ambiente foi-se tornando cada vez mais literário. Desde o início do seu percurso há já quase dez anos com a novela O Livro dos Homens sem Luz, a sua trajectória tem sido um contínuo "in crescendo", com o ponto culminante em 2009, em que o seu romance As Três Vidas foi o vencedor do Prémio Saramago. "A minha vida literária teria sido diferente se não tivesse ganho o Saramago, dá imensa visibilidade. Por cima, o prémio fornece um colchão que te salva nessa necessidade de escrever". Mas isso também tem a sua parte menos positiva, como ele próprio reconhece. "O livro seguinte é muito esperado", o que implica muita pressão. "Depois do prémio, não saí de casa durante dois meses, não conseguia escrever". 
Mas foi precisamente a sua situação pessoal que se transformou no começo do romance que se seguiu, e o livro começou a escrever-se. "O Bom Inverno foi terapêutico para mim, mas saiu de uma situação que não foi fácil". De facto, é de personagens ou situações reais que o seu processo criativo se fornece, acabando por haver sempre nos seus romances pessoas reais que fazem parte da sua vida. "Se eu como escritor não fizesse plágio da realidade, ía fazer de o quê? Não quero ler um livro de um escritor que não coloque nada de seu lá". E esta é uma premissa que se cumpre também no seu novo romance, Biografia involuntária dos amantes, que chega às livrarias a 2 de Abril. Uma das personagens está inspirada no irmão de seu pai, que durante os anos 70 era contrabandista de vídeos e morava entre Portugal e a Galiza. Este foi o ponto de partida da história e é também por isso que boa parte do livro tem lugar em várias localizações entre Vigo e Compostela. Além disso, ele não pode (nem quer) esconder uma especial paixão por esse cantinho da Península Ibérica tão próximo de Portugal. "Passei um tempo numa residência literária em Brión (A Coruña) e recorri a vários lugares da ria de Arousa na busca de inspiração. Gosto mesmo muito da Galiza". 
O processo criativo foi assim, um dos temas transversais e recorrentes que foram aparecendo de jeito natural durante o encontro, mas o autor também falou da profissão de escritor, um ofício "como qualquer outro, com as suas chatices e com pouquíssimos momentos de prazer". No entanto, reconhece que tem também um lado mais próximo ao público enquanto os romances são completados pelo leitor, e porque "ter pessoas num sábado à tarde a querer escutar sobre o meu ofício" não é qualquer coisa habitual.

Para além da sua ocupação com a escrita, que é para já a sua actividade principal, João Tordo tem outros trabalhos entre os que se contam a tradução, as aulas de escrita criativa e os inevitáveis compromissos com a editora. É um trabalho associado à escrita mas independente dela que lhe permite dispor de três meses ao ano plenamente dedicados para escrever. "Se tivesse um trabalho das 9 às 5 não conseguia escrever livros". Da sua nova etapa após ter mudado de editora fala com entusiasmo, tal como o faz quanto ao design das capas, dos escritores e dos livros dos que gosta (o escritor espanhol Javier Marías e o clássico de George Orwell 1984 estão entre os seus preferidos). Mas também fala de cinema, porque embora escreva "de uma maneira muito visual", é reticente à adaptação cinematográfica pelas grandes diferenças que há entre as linguagens literária e cinematográfica. E fala também de música, porque de facto ele faz parte do projecto musical The Loafing Heroes, que lhe ajuda a completar a solidão que o seu ofício às vezes implica com uma actividade partilhada, em contacto com outras pessoas e que já tem animado muitas noites lisboetas nos seus dois anos e meio de vida em Portugal.


E o fim da tarde e da palestra chegou também animado, com o ambiente já mais aquecido pelas palavras e a conversa. Agora só resta esperar até o próximo mês de Abril para descobrir o que João Tordo tem para nos oferecer neste seu sétimo romance com o que promete, como sempre, revelar-nos também algo dele próprio.





@ arrotante do momento!:
ELENA Dizem os que a conhecem que a Elena é obcecada e inquieta, mas também entusiasta e perfeccionista. Ela, que também se conhece um bocadinho, diz que é, sobretudo, curiosa. É por isso que gosta de espreitar, de escrever, de experimentar. É por isso que adora cinema, leitura, viagens. E, se calhar, é também por isso que é voluntária, porque há poucas maneiras melhores para descobrir e pôr-se a prova do que isso.

terça-feira, janeiro 21, 2014

Discovering Portugal!

Como não só de trabalho vive o voluntário europeu, a Agnese e eu (ainda não nos conheces? Aparece cá na Rota!) decidimos investir o nosso dinheiro de bolso numa das melhores formas de aprofundar o conhecimento de uma cultura: viajar! E para isso escolhemos um paraíso português em forma de ilha, preparámos os nossos sacos e apenas uma semana e hora e meia depois de termos comprado os bilhetes de avião,  lá estávamos na Madeira.



O sol, o mar e uma natureza cheia de cores estavam à nossa espera numa calma envolvente que nos convidava à tranquilidade e ao relaxamento. Só se tratava de observar, e observamos. Observamos as montanhas a correr em direcção ao mar, as estradas a ascender para o céu e as nuvens a mexer-se devagarinho debaixo dos nossos pés. Mas também ouvimos. Ouvimos o silêncio, o mar a romper nas rochas e os pássaros a cantarolar como na Primavera. E não houve mesmo alerta amarelo que nos detivesse na nossa determinação de descobrir a ilha e subir, descer, caminhar, remar, nadar e até quase voar lá no alto.



Tudo para voltarmos a Lisboa com a sensação de ter percebido que a Madeira é com certeza mesmo um bocado de Portugal no meio do oceano. A população local, a sua amabilidade e afabilidade infinitas, os sorrisos, a vontade de falar, de ajudar a quem, como nós, não encontra o caminho certo - isso é Portugal. E ainda que os sotaques, as paisagens, a gastronomia e o tempo sejam tão diferentes aos nossos olhos (e aos nossos ouvidos, e também ao paladar), isso é também Portugal, porque é precisamente na diversidade que se acha a riqueza; e esta viagem contribuiu para apresentá-la. Assim, agora podemos dizer que conhecemos Portugal um bocadinho melhor e que gostamos deste país ainda um pouco mais do que há uma semana. Mas como também não só de descoberta vive o voluntário europeu, agora a Agnese e eu estamos já de volta à Rota, trabalhando sem deixar de matutar em qual será o nosso próximo destino...

terça-feira, janeiro 14, 2014

Passo a passo, a causar (Im)PACTO

Há já um ano que a ideia do Impacto Local surgiu na Rota Jovem, e depois de muito trabalhar sobre ela, este fim-de-semana finalmente pudemos ir para o terreno.
A Ana Ferreira, responsável pelo projecto, aponta que a associação queria desde há anos investir na área social, “e agora houve a vontade e a oportunidade de juntarmo-nos e fazermos esta iniciativa”. Uma iniciativa de intervenção social em parceria com a Câmara Municipal de Cascais e o projecto Orienta-te, que culminou em um grupo de dez jovens voluntários que interviu em quatro casas a precisarem de arranjos, para melhorarem as suas condições de habitabilidade. 

A jornada do Domingo apresentava-se não apenas intensa, mas também transformadora, tanto para as habitações como para as pessoas. Porque esse é precisamente o espírito do Impacto Local: ações que transformam e que nos transformam.  

É com esse espírito que voluntários como a Alexandra Pinto decidiram entrar em contacto com uma realidade diferente à sua, mas de alguma forma, ainda muito próxima: "Acho que foi muito importante termos estado com estas pessoas e termos feito esta intervenção, porque pessoalmente sinto que me desafiei e conheci uma realidade diferente". Para ela, além disso, a vivência serviu para marcar a diferença, o que é algo que "já vale tudo". Sendo esta a sua primeira experiência no voluntariado social, já teve a oportunidade de conhecer pessoas como o senhor Fernando André, um dos beneficiários deste projecto e um homem com um sorriso permanente no rosto e muita vontade de conversar. Ele fala com o seu companheiro no colo, um ursinho que o neto Lucas lhe ofereceu como prenda para lhe fazer companhia, enquanto enumera as más condições do seu apartamento: "Há três anos que estou cá e antes estava muito pior. Fui eu que fiz todas as obras quando aluguei a habitação, mas continua a estar frio no inverno e há muitas humidades". E de repente muda a conversa para contar que adora o mar, que adora ir lá ouvir as ondas e que o importante "é sentir que temos alguém ao pé, estar em contato com alguém". É por isso que ele acha "muito bom que os voluntários venham cá para ajudar", consciente de que "são pequenas coisas que as pessoas não podem arranjar".

O dia acaba com a gratificação pelo trabalho feito, embora o tempo não tenha sido suficiente. "Os voluntários entregaram-se de alma e coração e fizeram um trabalho excelente", diz Ana Ferreira, "Acho que a satisfação é bastante grande, tanto dos participantes como das pessoas das casas". E acaba também como começara na véspera na Rota Jovem, com os voluntários a partilhar as suas impressões, a experimentar uma "sensação de poder, de podermos todos juntos" que se traduz numa frase apanhada no ar nesse instante de grande abraço e que nunca fez tanto sentido: "podemos mudar o mundo, um passo de cada vez".


        

quinta-feira, dezembro 19, 2013

Encontro de Sócios

Partilha, descoberta e risos, muitos risos. Tudo isto no marco de uma natureza maravilhosa, é o Encontro de Sócios da Rota Jovem. Vinte pessoas jovens, ativas, com interesses comuns e vontade de se divertirem partilharam um fim-de-semana longe da sua rotina diária. O conceito é muito simples, mas funciona. E todos os que lá estiveram no passado fim-de-semana podem confirmar que funciona.


Mas comecemos pelo princípio. Essas vinte pessoas somos nós, sócios da Rota (de todas as idades, portugueses e estrangeiros) e arrotantes declarados desde tempos muito diversos. A Aldeia de Chãos em Rio Maior é um lugar de sonho, onde é possível que as noites acabem connosco a conversar, a tocar guitarra e a contar estrelas (sim, estão todas no céu de Chãos!). E lá fomos, com uma missão muito clara a desenvolver-se nesses três dias de convívio: convertermo-nos em perfeitos super-heróis! Ou melhor, sacar o super-herói que todos nós trazemos dentro de nós. Sim, porque se nestes três dias aprendemos qualquer coisa, foi que nós todos e cada um de nós somos especiais.




As actividades, o trabalho em equipa, as caminhadas na floresta e a descoberta da aldeia pela mão da Cooperativa Terra Chã foram apenas um meio para nos apercebermos de todo o bom que temos para oferecer aos outros, que resultou em muito mais do que podíamos sequer imaginar. Agora só nos resta contar os dias para o próximo Encontro! Se calhar tu também podes unir-te a nós na procura da Anti-Kriptonita, para te converteres no protagonista de uma história em quadradinhos que sem dúvida vale a pena contar.

sexta-feira, dezembro 13, 2013

Rot@s lá fora: Carimbo "Vote For Europe"

O Jorge Gomes foi um dos participantes do intercâmbio "Vote For Europe", que decorreu em Munster na Alemanha entre 20 e 27 de Novembro. Sabe mais sobre a sua experiência aqui!


"Nos dias 20 a 27 de Novembro de 2013 decorreu o intercâmbio juvenil "Vote for Europe" que contou com 64 jovens de 10 países europeus. Este projecto teve como principal objectivo a consciencialização e importância da participação dos jovens nos problemas políticos e sociais da União Europeia, com ênfase nas próximas eleições do parlamento europeu de 2014.

Depois de cerca de 9 horas de viagem em aviões, aeroportos e comboio, chegamos finalmente ao nosso destino: Münster. Imediatamente na saída da estação ferroviária destacaram-se enormes estacionamentos de bicicletas, apesar da densa penumbra que já assola a região perto das 17 horas. A restante viagem nocturna até ao hostel não revela muitos detalhes sobre a cidade, mas conseguimos a oportunidade de comunicar com alguns habitantes para pedir direcções, os quais se demonstraram comunicativos, mesmo quando nos era difícil expressar no mesmo idioma. A chegada ao hostel foi rápida e aonde nos foram apresentados os quartos e as instalações reservadas para o projecto. O resto da noite foi mais relaxante, começando por um jantar repleto dos óptimos sabores da cozinha alemã e actividades de “icebreaking” com vista a integracão dos grupos que já se encontravam presentes.


Os primeiros dias foram marcados pela apresentação do programa, por diversas actividades de reflexão e apresentação em que cada grupo internacional teve uma oportunidade para apresentar o seu país em termos da participação na política da União Europeia e o interesse da população nas eleições do Parlamento Europeu, terminando com uma fabulosa noite intercultural onde cada grupo apresentou um pouco do seu país, da sua gastronomia e cultura. 

Portugal encontrava-se bem representado por um grupo de cinco fantásticos jovens, com diversas iguarias portuguesas, incluindo chouriço de porco preto (assado no local), tremoços, queijinhos típicos de ovelha e vaca e azeite, e uma entusiástica apresentação da cultura portuguesa. 

Com o decorrer do projecto, surgiram novas actividades para desafiar a criatividade dos participantes, como workshops para a criação de vídeos em torno de diversos temas, a realização de entrevistas a habitantes de Münster para encontrar uma boa história que desse origem a um artigo para ser publicado no website do projecto, workshop de fotografia criativa apresentado por um jovem Polaco que dedica parte da sua vida à fotografia, apresentação da estrutura e organização da comunidade europeia e das suas instituições, e um jogo de simulação para ilustrar o processo de votação de discussão e votação de propostas no parlamento europeu. 


O projecto foi um sucesso, conseguindo dinamizar 64 jovens nas actividades desenvolvidas ao longo de 7 dias. O contacto com pessoas de 10 países diferentes foi uma experiencia marcante e enriquecedora. Os primeiros dias foram intensivos em termos de actividades desenvolvidas, mas com o passar do tempo houve oportunidades para relaxar e visitar a cidade de Münster e conhecer um pouco da cultura local, a pontualidade Alemã, as beleza dos habitantes e de uma cidade maioritariamente de estudantes que anteriormente fora reduzida a destroços e cinzas devido à segunda guerra mundial, as longas extensões de percursos para bicicletas, as feiras natalícias espalhadas pela cidade. A continuação do projecto já está prometida, e terá lugar no próximo ano em Budapeste, Hungria."


                   

quinta-feira, dezembro 12, 2013

Diário de Bordo: Passaporte da Voluntária

 DADOS DE EMBARQUE

Nome: Emma Kiraly
Origem: Hungria

 Olá :) I am Emma and I come from Hungary.

In the spring I decided that before I will be 30 I would like to do some voluntary work in some country, which is totally different than my homeland and I'll get some new experience what would be unforgettable in my whole life. And because I've never lived near the see :)), I choose Lisbon and the literacy project of ALEM. In Hungary I worked in Roma communities and the other part of my life was working with children, so it was a perfect combination of my previous life. And it is related to my studies. First I studied social work and then I did my master degree in the field of ethnic and minority studies. Here in Lisbon we work with children in the schools, we support the teachers helping to the children to learn how to read, how to understand what they are reading.
This is a great opportunity to know new methods and new way of thinking what can be really improve myself.

About my Portuguese life: First impression was the language. When I got on my plane I was sitting on my seat and then the stewardess started to speak in Portuguese. At that moment I realized is Chinese for me. I've never learnt any Latin language before, so I couldn't recognize any words, and then I couldn't decide what is a word or what is a sentence. They spoke really fast (of course on the plane they do it in every language). It was scary, because my first goal was that I really would like to speak another language after my EVS and at that moment it seemed to me is impossible.

In these two months we had a Portuguese language course. It is a good challenge for everybody in the group (at least I think). Is a big challenge for me because is really hard for me and I learn it really slowly, is a challenge for the others who speaks really well because they need a lot of patience and is a challenge for the teachers who has to teach all of us in the same group. We have a lot of differences in our knowledge. But in the same time it helps a lot and maybe this way is better to know the language and study as quickly as you can.

The city (Lisbon) is beautiful and not just beautiful, is really lifefull in a natural way. The people are living in this city. In this month I didn't do a lot of tourist things, I didn't visit so much places but I moved a lot in the city. Go to school, go to work and to go out somewhere (is also a good way to know the city) and now I feel I have already started to know Lisbon, like my hometown.






quarta-feira, dezembro 11, 2013

Diário de Bordo: Passaporte da Voluntária


                                  DADOS DE EMBARQUE:

                                      Nome:
Pilar Garcia
                                      Origem: Espanha



De Andaluzia a Lisboa.

Sou a Pilar García, tenho 24 anos e sou de Espanha (como já se pode perceber pelo nome).
Há exatamente um ano e meio ouvi falar do Serviço Voluntário Europeu enquanto estava a fazer um estágio de um mês cá em Lisboa. Desde esse momento soube que queria viver essa experiência: ficar em Lisboa durante quase um ano, aprender português, participar em projetos de tipo social, conhecer gente do resto da Europa... Tudo me parecia ótimo!
E então fui selecionada para um projeto da ALEM em Lisboa juntamente com quatro outros voluntários. Agora moramos sete voluntárias/os no apartamento (sim, uma loucura para ir à casa de banho :P ) mas estamos a desfrutar muito da convivência. O nosso querido Giovanni é o cozinheiro oficial (é possível ter  a Itália na mesa a cada semana!)



Em relação ao trabalho tudo tem sido um bocadinho confuso pela grande quantidade de projectos disponíveis para escolher, mas parece que já encontrámos o nosso caminho! A nossa coordenadora cuida muito de nós, especialmente de que fiquemos bem alimentados! Nada de sandes, só comida quente!
De resto, estou muito contente por poder desfrutar da cidade e de todos os seus maravilhosos eventos culturais (especialmente o cinema e o teatro, os quais podes encontrar grátis ou bem baratos) e sobretudo da dança! Aqui podes dançar quanto quiseres e quase  tudo o que quiseres! Eu já experimentei forró, salsa e quizomba, mas ainda tenho  muitos meses para tentar coisas novas! ;)
Até breve! ;)

Pilar

terça-feira, dezembro 10, 2013

Diário de Bordo: Passaporte do Voluntário

DADOS DE EMBARQUE 

Nome: Ali Can
Origem: Turquia

Hello my name is Ali Can (23 years old)  and I’m from Turkey.  I’ll be volunteer till July and my host ogranisation is A.L.E.M. I’m working in Kindergarten and in LIGA Foundation.  I will make cooking and language workshops to the children and to help activities in ‘’Casa des Artes’’ in LIGA.
Since I arrived in Lisbon, I have good impression about the city. I really liked city’s soul and local people also really friendly and helpful. After 1,5 month I feel here at ‘home’ and i really appreciate that I had a chance to became EVS volunteer in Lisboa. Bad thing is time passing so quickly! Hope I’ll speak good Portuguese soon! :P

I’m just enjoying this beautiful city with exploring everyday something new. Lisboa has lots of secret spots and I try to find out them which is really fun. I’m used to live here and I feel some kind of ‘local’ even if  I don’t know everyhting about city. (hehe, hope soon!) Morning bica with pastel da nata is my favourite thing ever here in Portugal! (OK, not everyday :p) And Portuguese wine of course.  I adore it! Maybe it will be most thing to miss when I return home :) 


segunda-feira, dezembro 09, 2013

Diário de Bordo: Passaporte do Voluntário

DADOS DE EMBARQUE 

Nome: Giovanni Beninato, 26 anos
Origem: Itália

Healthy in body and spirit.

Currently working as an EVS volunteer under literacy promotion organization ALEM, with the collaboration of Rota Jovem (PT) and Xena (ITA).

I write after roughly one month and half stay in Lisbon, the city where both our domicile and area of work are located. Currently, I am involved in a number of projects involving (in order of target age): art workshops with preschool kids, general education, class support and afterschool help for primary schoolers, a human rights research and journal/blog redaction project in a secondary school, plus four hours weekly of general assistance to people with special needs and seniors, and, finally, the development of lessons for third age university students. As of now, most of the projects have started, after a comprehensive series of instructions and timetable changes, hopefully now finalized. I’m looking forward to work at the best of my abilities on every single project, with the prospect of a gradually bigger involvement as time passes and the professional relationship with educators and coordinators grows. In any case, personal initiative is the key.

I will now add some simple considerations about my daily life here: Lisbon is a city I have started to discover slowly, helped by the alleged length of my service and stay. Early visits have opened my view on the geography, the architectural style, the social consideration the city and its various sites display, and I largely appreciate what I’ve been given the possibility to discover. Praça do comercio, Belèm, Avenida da Liberdade, Alfama and Mouraria, os Miradouros de Santa Caterina e Luzia, o Jardim de Estrela, and some lesser known (but equally as charming) sites such as Tapada Das Necessidades, Jardim de Torel, Jardim Botànico de Ajuda, Largo de Intendente….the list will be very long by the end, not to mention that a tourist won’t be able to find one fifth of them…

Life at the new home is interesting. Not only because of my luck in living in what looks like an apartment worthy of legends, home of generations of volunteers present and past, but also because it allows for a fun and exciting “family” life with a lot of people from everywhere in the world. I reckon you don’t enjoy very often italian meals, turkish sweets, spanish music, belgian chats, hungarian stories, latvian movies and portuguese wines in the same evening.         

So that’s what going on in this crazy, fascinating and perfectly normal daily life of an international volunteer, in a nutshell. As long as you don’t expect vacations or Erasmus levels of sweet doing nothing (and you should not be wanting them anyway), you’re dead set on a mighty fine experience.       

sexta-feira, dezembro 06, 2013

Diário de Bordo: Passaporte da Voluntária

         DADOS DE EMBARQUE

          Nome: Camille Hoebanx
          Origem: Bélgica 

My name is Camille, I'm 26 years old and I'm from Belgium. I am doing an EVS here in Lisbon with ALEM. I will stay here till July. I am going to work with children, giving them art workshop and helping the teachers with theirs tasks. I'll work also with disabled people, in art workshop and dance workshop. My main job will take place in an highschool. We are going to try to make a blog and a newspapers with the teenagers having as main thematic the human rights, for me it's quite challenging to work with teenagers, I really think that with patience and motivation we could be able to do very nice stuff with them.

 It has take some time to start our projects, we had to be patient, but now the machine has been set in motion and the story of my work's adventure will be for another chapter.

Let's start from the very beginning.
October, 7th, I arrived in Lisbon airport and hours after hours others, at that time unknowed faces, were arriving too. Teresa was waiting for us.

We discovered the house that would be ours for one year, and of course we discovered the faces of those who were going to be part of our daily life for one year.
Even if we all wanted to come here to do a voluntary service, it didn't mean that we were going to get along well. But, actually, in a very short time, I started to feel like at home and to appreciate different little things about each of my new roomates who will become not just roomates but friends.

The first month, we explored the city and the surroundings. We enjoyed the beach in Cascais, visit Sintra, Belem and start to get use to the metro « linha vermelha », you always have to begin with something...
My first impressions of Lisbon were, I think like everyone can feel about it. Beautiful and charming city, beautiful light, fado place, very nice facades,...

It's difficult to tell you my impressions now because I don't feel like a turist anymore, but I don't feel the city as mine neither. But I know it will come with the time...

I already feel like it's quite small, you always meet people you know, it's like feeling like in a town being in a capital, it remembers me Brussels and I think I like it, maybe because I grew up in the countryside...
To conclude, this beginning, in the end, promises a lot of new experiences, encounters, and nice stuff to be remembered after.




quinta-feira, dezembro 05, 2013

Diário de Bordo: Passaporte da Voluntária



DADOS DE EMBARQUE

Nome: Elena Touriño
Origem: Espanha




Tudo começa em Julho.
De repente uma manhã qualquer de verão na Galiza torna-se imprevisível e emocionante. Duas palavras, “Join us”, bastam para mudar o que seria um ano com a rotina de sempre numa aventura, nesta aventura que é um SVE. Portugal colocava-se no meu horizonte imediato para os próximos meses com um projeto que não tinha apenas a ver com a minha formação mas também me ia permitir trabalhar com jovens. Fixe, não é? Apenas três meses e um monte de jantares de despedida depois cá estava, por fim, com muita vontade de descobrir tudo! O país, a gente, a língua, aquilo que os portugueses gostam de fazer, de ver, de ouvir, de comer, tudo. E cheguei à conclusão, nos dois meses que estou a viver em Lisboa, que adoro estar cá por uma razão muito simples: estou como em casa! 
Já visitei a cidade, sempre maravilhosa e vibrante, os arredores de Lisboa e outras cidades além da cidade. Já conheci gente, ouvi fado e o que não é fado, comi bacalhau e também o que não o é. Já comecei a trabalhar na Rota Jovem, esta associação juvenil sediada em Cascais que vocês já conhecem e na qual realizo tarefas relacionadas com a comunicação num contexto dinâmico e estimulante. 
E o mais importante é que fiz tudo isso consciente de que ainda me falta muito por fazer, mas contente por  saber que tenho muito tempo por diante para continuar com a descoberta. Agora sou também plenamente consciente de que precisamente quando as coisas não estão a ser fáceis para nós, os jovens neste canto do mundo, tenho a oportunidade de trabalhar dum jeito diferente, com liberdade e criatividade, numa aprendizagem contínua e tentando oferecer sempre o melhor de mim. E esta é uma oportunidade imensa que tenho de aproveitar! 
Pelo que parece, na realidade tudo começou em Outubro. De facto, tudo se tornou real só quando eu pus os pés em Lisboa. Como é que esta nova realidade vai evoluir é algo que só posso saber daqui a nove meses. Mas essa já é outra história que ainda está por escrever. 




quarta-feira, dezembro 04, 2013

Diário de Bordo: Passaporte da Voluntária

DADOS DE EMBARQUE:

Nome: 
Agnese Paulina

Origem: Letónia

First month report from blondie Agnese


Ola, to all the readers!
Time here is running totally different then at home, be ready for that! Always, when I am looking back to the things I have done in Portugal, I still can say that time is flying, not going or lingering. Some of you may think that 1, 5 months are enough to get use to the new place, new living conditions, language etc, but this is not my case :) Still now, when I am going to the new restaurant, or passing coffee places, my eyes stays wide open asking myself -why they are putting rice together with French fries, meat and fried eggs on one plate? How it is possible to stay fit and eat so fatty food? Why they drink 8 cups of coffee per day and not complaining about heart disease? Meeting stereotypes and try to break them, meet new ones and somehow put yourself in to all this, face your fears and overcome them, find new challenges and don’t stop to the reached point - this is volunteer’s life! In the middle of all that, be ready to get lost time to time and find yourself in the middle of wild city’s jungle without language skills and dog’s poops all over the street.

First month for me and other volunteers with whom I am living in the heart of Lisbon, was warming up. A lot of free time, when the most important is to manage it, sometimes going by stream also helps, but, as said “surf days” teacher Flo, “don’t waste your time taking every wave, take your time to choose really good one”. It is not about quantity, but about quality. Sometimes every month film festivals, music concerts and new expositions are making me dizzy and confused, but that is cities life and it comes to choices. A lot of amazing places we have seen like Sintra, Cabo de Roca (Europe's westernmost point, "where the land ends and the sea begins"), but still there are lot of abandoned and charming houses in our neighborhood, yet unknown yards with coffees and galleries straight here, in Lisbon.

When somebody asks me how I get in Rota Jovem (because it is the coolest youth association in Portugal), I am saying (by half true, by half laughing) that I have good karma. My colleagues and now also friends in Rota Jovem have experienced a lot, they now what kind of mess volunteers can do, how to manage it and the main thing- how to cheer us, when we are lost. Sometimes, when it feels that I am not doing enough, I am looking back on the done things- intelligent, unordinary intercultural party, taking a part of Imigrarte festival (working in the food zone) helped to sense and survive the city and understand the locals. Actually, that is the main thing through which to grow out from tourist position and see the real colors of the city and country as a whole.


As my responsibilities in Rota Jovem are connected with activities (workshops, participating street actions and Rota Jovem representing), I took a part in Surf Day organization and it turned a lot of fun. Laughter and trembles, satisfaction about challenging ourselves with weather and waves are the best reaction which we could get from participants. Christmas party organization and Saturday workshops are in the nearest future for me.

 Being a volunteer is a huge plus also because a can enjoy all the workshops which are organized by rest volunteers- knitting workshop, graphic design, German language and the theatre sport). In next month my responsibilities will grow, as some volunteers will finish their work here. Go, go, go girl!



segunda-feira, novembro 25, 2013

Diário de Bordo: O início de uma experiência intercultural.

Olá arrotantes!  
A Elena é uma das novas voluntárias a realizar um projeto de Serviço Voluntário Europeu em Portugal. Durante os próximos meses, ela estará a colaborar com o Blog da Rota Jovem em variadas crónicas, e vais poder ouvir um pouco das suas reflexões, experiências e interações com outras pessoas. Se não pudeste vir à Festa Intercultural do passado dia 8 de Novembro, em breve ficarás a conhecer um pouco de todo o grupo. Para já, fica a saber como está a ser a adaptação da Elena:
"Há já três semanas que estou em plena festa intercultural! 
Sim, leste bem. A minha própria experiência intercultural começou a 7 de Outubro, no exacto momento em que cheguei a Lisboa. Oito horas depois de me ter despedido dos meus pais (com muitos beijos e abraços) cá estava, num outro país, a partilhar um apartamento com mais sete pessoas que não conhecia, e com as quais tinha que me comunicar numa língua que não era a minha (nem a deles também). 
Assim temos levado estas três semanas, e pergunto-me se esta experiência é ou não uma festa intercultural diária? Novos costumes, novas comidas, novos pontos de vista sobre as coisas e sobretudo, uma fugida constante dos estereótipos. Tudo isto adornado com novas comidas, novas formas de comunicarmos (o nosso português avança firme de fraco para razoável, o que não é pouca coisa em tão pouco tempo), e principalmente um conjunto de novas experiências. 
Agora temos a oportunidade de partilhar tudo isto com todos os que gostam de descobrir novas culturas, que apresentam sempre novos interesses, que têm espírito de iniciativa e gostam de se divertir enquanto conhecem novas pessoas.
A Festa Intercultural ocorreu no passado dia 8 de Novembro e esta foi a nossa receita para uma festa perfeita: nove jovens europeus com muita vontade de dar a conhecer os seus países, um grupo de pessoas curiosas a querer descobri-los, um bocadinho de boa música e boa paparoca para que o conhecimento mútuo se tornasse mais engraçado. Lá está, é possível ficares a conhecer a Europa sem saíres de Cascais!"

quinta-feira, outubro 03, 2013

Diário de Bordo: Chegada da Johanna!


A Johanna é uma rapariga sorridente e dinâmica vinda da Alemanha, a fazer Erasmus em Portugal. Ela estará connosco até Dezembro e aguarda pela vossa visita! Se precisas de mais desculpas para vir ter connosco, ficas a saber que ela irá dar o Tandem de Alemão todas as terças-feiras, entre as 17h30 e as 18h30 (tens é de ter já algumas bases...mas para mais informações consulta o nosso site!)




Aqui fica o seu testemunho:

 "After arriving in Portugal last January and studying one semester in Lisboa through the Erasmus Programme, I wanted to put everything I learned until now into some practical work and experience in Portugal from a different kind of view.

As I am studying European Ethnology, traveling and living in different places and in different cultures always inspired me. It’s a great opportunity to get to know a specific culture more deeply, like during this one year stay in Portugal.  Nobody can ever take away those experiences and memories you collect during a stay abroad. It’s great to see your feeling changing from “still feeling foreign” into eventually the coming up feeling of “familiarity and confidence”.  And this is what is happening to me right now. I start feeling home here.  


Rota Jovem is also part of this. I was so lucky to get an Erasmus Placement here at this youth organization for the next three months. Although I am only working since less than three weeks here, I feel already very comfortable at Rota Jovem. Everyone is always helping me if things are still unfamiliar to me or if I still have some language difficulties.  My colleagues set a big value on giving me the chance to take on responsibility, working independent, bringing up new ideas and making me feel comfortable here. Rota Jovem inspires me and I try to also inspire them.  Any ideas here at Rota Jovem can be changed into activities and that’s what I like a lot. 
Therefore I’m looking forward and I am very excited for the time here at Rota Jovem and the experiences and memories I will collect!"




quarta-feira, outubro 02, 2013

Notícias lá fora: Novidades georgianas da Laura Tavares

Continuam a chegar-nos novidades de voluntários, e desta vez tiveram origem na Geórgia. A Laura Tavares está-se a divertir a valer e não pôde deixar de partilhar connosco. É mais um testemunho espectacular de uma voluntária em Serviço Voluntário Europeu.

"Olá da Geórgia
Aposto que já têm muitas saudades minhas e andam a estranhar eu não mandar novidades?!?
Pois é, não tenho tido tempo nenhum pois para alem de ter muito trabalho, de andar a passear/ viajar (e muito :) ) ando ocupada a ser famosa :D
Depois de ser estrela no festival de Cannes a fazer figuras parvas a falar com uma ovelha e ... em francês ... desta vez sou estrela de Tv Georgiana ... bem não é bem Tv... é webTv... mas por algum lado tinha de começar :D
Deixo-vos o link para verem a minha entrevista onde falo da Geórgia e aproveito para vos chamar a atenção para repararem como estou loira, linda e maravilhosa :D É incrível como sou fantástica e mesmo com 31 aninhos dou bailinho a muitas de 20 :D Claramente as câmaras adoram-me e eu sou uma SUPERSTAR :D
Beijinhos grandes da Geórgia

P.S. -Quando os meus fãs me derem descanso escrevo mais novidades, desta vez com a viagem à Arménia e Alto Quarabaque (Zona de conflito entre a Arménia e o Azerbaijão e sitio onde eu estava desertinha de meter os pés hehehe :) )"

                                 


Se achas que a Laura se está a divertir, e gostavas de ter a mesma oportunidade, sabe mais em sve.rotajovem.com! No nosso site podes encontrar várias informações úteis sobre o programa, oportunidades disponíveis de momento à procura de voluntários, assim como a divulgação das próximas sessões de esclarecimento sobre SVE. Vai a sve.rotajovem.com e informa-te!